quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Gotham despida de Batman

A série, “Gotham” finalmente estreou e de pé direito.




Sinopse: A história de um jovem James Gordon nos seus primeiros anos na policia, muito antes da chegada de Batman.

O episódio piloto acertou em cheio ao pegar no homicídio dos Wayne, no fundo, o grande marco que despoletou os eventos que mudarão a cidade para sempre. Gordon é o detective que investiga o caso, o que torna tudo muito mais interessante. 
Confesso que a cada grande plano da cidade, ansiava ver Batman por aqueles telhados, isso porque, o ambiente foi tão bem captado, até a mansão Wayne foi apanhada na perfeição.
Gotham é uma cidade com carácter, suja, escura, corrupta, com altos índices de criminalidade... e bonita de tão singular.
A série vai atrair não só aos fãs de comics, mas também aos fãs de policiais e até mesmo aos fascinados pelo mundo da máfia.

Nota: Boas surpresas, Sean Pertwea como Alfred, as actuações de Robin Lord taylor como Penguim e a intrudução de Jada Pinkett Smith. Tiro também meu chapéu ao jovem David Mazouz com aquele grito arrepiante aquando a morte dos pais de Bruce Wayne. 



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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Hunger Games Mockingjay Part I - Vida para lá da arena?

Sinopse: Katniss ao destruir de vez os jogos, tenta perceber o seu lugar enquanto símbolo da resistência, ao mesmo tempo que pega armas para salvar seus amigos e sua nação.

Nota: O conceito de Hunger Games embora não fosse novo, pegou em algo pouco aproveitado. Uma arena, um jogo onde pessoas normais eram obrigadas a lutar até à morte para entretenimento publico, fascinou-me. Lembrou-me claro do coliseu de Roma, mas mais que isso, lembrou-me do capricho dos deuses jogando com seus piões como referido em alguns contos de fantasia.
A minha pergunta é:
Tirado o jogo, haverá ainda interesse por Hunger Games?






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sábado, 13 de setembro de 2014

O último Viking nos Açores


Ilha Terceira, Serra do Cume (Altar, tempo presente)
A neblina dissipou-se, e com ela a chuva caprichosa própria desta terra, mas o vento, orgulhoso, característico da serra permaneceu para me vendar os olhos com meu cabelo. Tentativa infrutífera de me deter, pois, este caminho já o sabia de cor, tantas foram as vezes percorridas nele. Não me incomoda esta ventosidade, lembra-me de casa. Amanhecia sem o céu dar graça ao sol, as nuvens egoístas guardavam-no só para si. Não fosse o que me esperava no topo, a caminhada podia tornar-se penosa para alguém da minha idade. Meus compatriotas troçam dizendo que eu jamais conhecerei Valhalla (1), tantas eram as minhas preces a Tyr (2). Não rezava à divindade para me poupar a vida, acolheria de bom grado uma boa morte numa disputa como todo guerreiro, a maior das honras, se fosse essa a sua vontade. Pedia antes que guiasse meus barcos com sua estrela, não tenho culpa se com isso também guiava meu machado pelo aglomerado de inimigos.
Circundando as pedras sagradas, depois de alguma erva húmida pisada, o altar. Chegado lá tracei um sorriso sinuoso contrastando com meu interior reto. Contemplei do planalto a magnífica paisagem à minha frente. Custava-me deixar esta terra fértil. Para os de ocidente somos bárbaros saqueadores, para os de oriente somos sanguinários, no sul vêem-nos como demónios, mas no norte nós apenas somos. Adoramos riquezas como qualquer homem ambicioso de qualquer nação, mas aquilo que temos como maior valor é a terra. Esta é a razão da nossa inquietude e expansão, não existe maior tesouro. Aqueles que não percebem isso têm-nas em abundancia e veem-lhe devolvido o suor quer de verão como de inverno sem penúria de comida.
Meus dedos cursam a runa de Tyr que cravei, mas descanso meus olhos noutra runa, ali muito antes do meu tempo. Olhando em redor absorvo a solidão em que me encontro, e percebo o porquê de terem escolhido a runa de Is (3). A busca de isolamento para renovação pessoal e ao mesmo tempo prestar tributo a esta linda terra e ao que nos pode dar.
O altar era de rocha solida brotada do solo, no seu centro uma bacia que a tal chuva briosa mantinha cheia; um lugar espiritual. Lavei o meu rosto e cabelos, purificando-me. Os suspiros vencem-me vezes sem conta, vou partir deste pouso descoberto por nós tolos que pusemos à prova mitos de outros. Meus filhos já seguiram nos seus drakares (4) no dia anterior, mas eu não podia partir sem antes vir aqui, sem antes a ver. Obrigações que nos roubam de um sonho e riscam da história o nome que seria imortalizado, Lofn filho de Aegir. Agora, como os indígenas desta terra antes de mim, eu vou partir para nunca mais voltar, e deixar esta terra ser reclamada por quem vier depois de mim.
Ilha Terceira
Desde que me lembro, que tenho esta necessidade recorrente de encontrar novos mundos. Não necessariamente para lá do horizonte, mas algo fantástico escondido no meio de nós. Esta não era uma ilha sem seus segredos, vejo-os adormecidos em todo o meu redor, gigantes de pedra, faces e punhos repousando no solo até Ragnarok (4), quando medirão forças com os exércitos de Odin (5).
A minha curiosidade vai para além da do meu povo e isso vem de um sentimento, não, de uma certeza, não pertenço a lado algum. Como memória mais remota lembro-me de olhar o meu reflexo na água como estou agora e perguntar-me: “Que mundo se esconde por trás da superfície de água que me reflete?”. Tentava desmascarar o meu sósia num movimento que não o meu e até encurralá-lo. Perguntava-me se teria uma vida ligeiramente diferente da minha e se pensava da mesma forma que eu.
Ilha Terceira
O ano já me ilude, mas foi numa lua como a que nasci que meu reflexo e eu finalmente rompemos com o que era suposto fazermos e de um salto ficou do meu lado, tão real e de carne e osso como eu. Não bastando a manifestação portentosa, tomou forma feminina rivalizando com a maior das belezas de Asgard (6). Não foi difícil reconhecer-lhe uma versão melhorada de mim mesmo. Ela que roubou-me a atenção e fez de mim também ladrão.
O vento é finalmente domado, fazendo prever o que vinha a seguir. Em rocha pura, vejo o borbulhar da água ferver sem outra explicação que não uma fora deste mundo. Do vapor vejo-a tomar forma. Meus joelhos enfraquecem e os meus olhos pousam no chão, Dalla era novamente minha para adorar. Seu gentil toque afaga-me a face barbuda. Não me disse nada, mas fez-me sentir muito. Segredo-lhe que nos veríamos novamente, mas continuei abraçado pelo silêncio. Amuada, triste com a minha partida, não que não nos fossemos ver novamente, existe altares semelhantes de onde venho, determinantes às nossas visitas insulares e parcas de uma relação de vontade com limites. Não a censuro, meu coração emudecia também, o mundo melindrava-me sem ela. Embora ela não deixasse-me dizê-lo, eu amava-a como um ser de livre pensamento que pensa freneticamente e como um barco ancorado ao sentimento. Veio a mim à alguns anos respondendo a uma prece silenciosa que não me atrevi vozeirar, e partilhámos desde então o que é negado àqueles de mente afunilada. Por fim Dalla desvaneceu-se no ar, mesmo antes de duas figuras ao longe pescarem-me o olhar, manchando o verde dominante com seus escudos redondos pintados de vermelho e azul. Era altura de ir.




(1)      Salão dos guerreiros caídos em batalha
(2)      Deus da batalha
(3)      Gelo
(4)      Fim do mundo
(5)      Rei dos Deuses
(6)      Reino dos Deuses
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domingo, 7 de setembro de 2014

Young Justice; sentido critico

Sinopse: Um grupo de heróis adolescentes participa em missões secretas sob a alçada da Liga da Justiça. 

Critica: Finalmente vi, “Young Justice” e digo finalmente porque a série acabou, ou melhor, foi cancelada em Março de 2013. Fui dos muitos reticentes em a ver. Uma série com foco nos heróis mais jovens, nos aprendizes dos heróis consagrados. Na verdade, quem se preocupa muito com os aprendizes quando não estão ao lado dos seus mentores? Ainda bem que me enganei, fui surpreendido pela positiva. Fiquei fisgado logo após o primeiro episódio quando percebi bem depressa que a série ia ter um cuidado acrescido com o enredo e actuação. A qualidade da animação equipara-se muito aos filmes de animação da DC, ou seja, está no seu melhor.

Nota: Fiquei genuinamente triste quando acabei de ver a série, mostra o quanto gostei


Clip da segunda temporada: