terça-feira, 1 de julho de 2014

Liége Báccaro Toledo, autora do Enigma da Lua

Para se escrever ficção Fantástica 

é preciso nunca se ter deixado de ser criança


Desde que criei o Blogue que tenho tido a felicidade de encontrar pessoas com as quais me identifico. Gente que gosta de criar e fá-lo com paixão. Gente que ainda se lembra de como era ver o mundo quando criança.
Uma dessas pessoas é Liége Báccaro Toledo, autora dos livros, “O Enigma Da Lua”, e não só.
O que salta logo à vista ao falar com Liége é a sua simpatia e fluidez na escrita.
Já lhe tinha dito isto, a Fantasia precisa de mais mulheres. Liége oferece uma abordagem diferente a temas já muito batidos, é refrescante.

Eis algumas perguntas às quais foi atenciosa o suficiente em responder:

Fale-nos um pouco sobre si. O que gosta, os seus hobbies, guie-nos por um dia da sua vida.
Bom, eu sou uma pessoa bem “comum”, creio eu, mas tenho minhas particularidades como todo mundo. Sou professora de ensino fundamental e leciono a matéria de produção textual. È bem desafiador. De modo geral, sou muito caseira, gosto de passar tempo com as pessoas que eu amo fazendo coisas simples, mas sou uma amante apaixonada de cinema, literatura e música! Desde muito pequena gosto de ouvir e contar histórias. Sempre fui aquela criança que conseguia passar horas no mundo da lua, imaginando coisas, enredos, personagens. Fazia isso com meus brinquedos, inventava aventuras para eles, e isso me acompanha até hoje: só troquei os brinquedos pelos personagens que habitam minha cabeça. Quanto aos meus hobbies, sou uma jogadora inveterada de RPG (na maioria das vezes Dungeons and Dragons) e amo, amo escrever (o que é óbvio, hehehe!), ler e escutar música (e comer chocolate).
      
      É a autora dos livros de fantasia, “O Enigma da Lua”. Para quem ainda não conhece, fale-nos um pouco desse seu mundo.
O Enigma da Lua é uma série muito especial para mim. Ela se passa em Edrim, um mundo de alta fantasia que eu comecei a criar quando tinha quinze anos. Naquela época, eu havia acabado de começar a jogar RPG e tinha assistido o primeiro filme da trilogia O Senhor dos Anéis. Estava completamente apaixonada pelo mundo de Tolkien (eu já havia lido os livros) e também pelo jogo que meus amigos haviam me apresentado. A partir daí, decidi criar algo misturando as duas coisas, com todos os elementos que me encantavam: florestas, castelos, elfos, magia, um mundo medieval fantástico... em um primeiro momento, eu assimilei muitas coisas e criei poucas, confesso! Mas, com o tempo, fui amadurecendo e o mundo e a história também. O que mais proporcionou esse amadurecimento foram os próprios personagens, que praticamente cresceram comigo. Eles trouxeram cor e vida à Edrim e permitiram a criação de uma das coisas que os meus (poucos, mas muito queridos) leitores costumam mais gostar na ambientação: a mitologia do mundo e do universo em si e os traços de romance que costumam agradar quem procura uma história com um pouco de ação, aventura, mas também com coração. 
     
      De onde surgiu a inspiração para escrever esse projeto? O que a influenciou? Porquê o género Fantasia?
De muitos lugares... de tudo aquilo que me encantava quando eu era criança, da narrativa de Tolkien, dos animes e mangás japoneses e até mesmo da música! Lembro que um dos conflitos chave da história de O Enigma da Lua surgiu quando eu escutei a música Moonlight Shadow do Mike Oldfield e da Maggie Reilly. Mas eu sempre fui fascinada por fantasia, desde muito pequena, e acho que foi esse fascínio, acima de tudo, a maior influência para que eu escrevesse O Enigma da Lua. Eu não sei explicar o porquê desse meu interesse ao certo, mas creio que a fantasia me encanta pela possibilidade de vivenciar mundos diferentes, de se cercar de magia e do fantástico.
      
      Suponho que para todo escritor aspirante exista um sonho, agora que alcançado, julgo eu, com seus livros, vê correspondida a expectativa que tinha antes de atingir esse patamar?
Sabe qual foi a melhor coisa que eu ganhei lançando meus livros? As pessoas. As pessoas que conheci. Os leitores, as pessoas que atrai com alguns de meus escritos foram poucos, na verdade, mas a experiência de ter tido contato com esse pessoal foi incrível. Publiquei de forma independente, sem traçar um plano ou coisa assim, sem me organizar... então, creio que tive um resultado muito bacana. As expectativas que a gente tem quando escreve e deseja alcançar um público maior sempre são, no início, mais mirabolantes. Mas agradeço muito por ter contado com o apoio de pessoas que me fizeram enxergar as coisas como elas são e fizeram e me fazem evoluir a cada dia, seja com dicas, críticas ou apoio incondicional.  
      
      Que autores e outros livros nos pode indicar para uma boa leitura? 
Bem, no caso de autores consagrados sempre faço uma indicação quase desnecessária: leia Tolkien, claro. Também indico ardentemente “A História sem Fim”, de Michael Ende, livro fantástico e imprescindível para quem ama fantasia e ama criar. Mas gostaria de indicar escritores nacionais (brasileiros) muito bons que conheci em minha caminhada e indico sem medo: Jacó Galtran (ou Charles Willian Kruger), Gisele Bizarra, Ana Lúcia Merege, Karen Alvares e Melissa de Sá. Todos lidam com fantasia (mas não só) e escrevem muito bem. Acredito que vocês devem ficar de olho grudado nesse pessoal. Se esqueci de alguém, peço perdão adiantadamente.
      
      Que conselho pode dar a outros que queiram um dia ver algo seu divulgado ao público? 
Escrevam. Escrevam aquilo de que gostam e procurem sempre melhorar, SEMPRE! Para tanto, leiam muito e busquem o conselho de pessoas com mais experiência. Esse último é algo óbvio e que funciona em muitas outras ocasiões, mas é pura verdade. Não se preocupem em serem originais, serem perfeitos e bombásticos. Com treino e amor pelo que a gente faz, com paciência e dedicação, acho que tudo se ajeita. E não tenha medo de botar a cara a tapa! Muitas vezes é só assim que a gente aprende.
      
      O que podemos esperar de Liége Báccaro Toledo para o futuro?
Podem esperar novas histórias – estou preparando um romance em um cenário “desértico”, com influências da cultura árabe e persa que está me empolgando bastante. Também estou escrevendo o último livro da série “O Enigma da Lua”, que se chamará “O Despertar de Kathul”. Em breve sai um conto meu pela Editora Andross, na antologia “Horas Sombrias”. Enfim, eu espero poder sempre trazer boas histórias para quem gosta daquilo que eu escrevo – por enquanto são poucos, hehehe – e creio que jamais pararei de inventar e criar. Nasci assim e ainda não achei o botão de “desliga”.








7 comentários:

  1. Ótima entrevista! Parabéns a ambos!

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  2. O crédito é de Liége, o trabalho maior foi dela.

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  3. Parabéns pela entrevista e por mostrar o lado mais humano da autora, que por sinal escreve muito bem.

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    1. Obrigado Jacó. Mais uma vez, o crédito vai para Liége, que, foi atenciosa o suficiente em participar nesta colaboração.
      Não há como negar que Liége escreve muito bem.

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  4. Obrigada, Zamiel, Odin e Jacó! Fico muito grata por poder mostrar um pouco mais do meu trabalho e do meu "eu" por aqui. Um grande abraço!

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  5. Parabéns pela entrevista! Gostei bastante dela e agradeço a Liége por citar meu nome XD

    Gosto muito da escrita dela, seja nos livros ou nos textos dos blogs.

    Liége é show de bola! ^_^

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    1. Liége é uma simpatia.
      E agradeço também a Gisele por ter parado aqui no blog.
      1 abraço!

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